ATIVOS COSMÉTICOS
1. Ativos de origem vegetal: extratos vegetais isolados ou asssociados, vegetais marinhos, proteínas e aminoácidos vegetais, associação de aminoácidos e extratos vegetais
2. Ativos de origem animal: colágeno, elastina, placenta, cerebrosídeos e ceramidas, glicosaminoglicanas (ácido hialurônico)
3. Ativos biotecnológicos: colágeno de origem marinha, ácido hialurônico bio, lipossomas baseados em lecitinas vegetais, incrementadores do metabolismo celular substituindo a placenta, anti-oxidante de origem marinha
4. Ativos encapsulados e vetorizados: lipossomas, silanóis, nanosferas e outros
5. Vitaminas que tratam a pele
6. Ativos específicos: anti-acnéico, anti-oleosidade, anti-idade, anti-celulítico, despigmentantes, hidratantes, emolientes e outros.
7. Tendências para o século XXI:
- Cosméticos x Cosmecêuticos
- Saúde e Beleza em sintonia
- Cosméticos multifuncionais atendendo as necessidades da mulher moderna
- Ativos direcionados para homens que valorizam o seu dia-a-dia
- A conscientização da importância vital dos filtros solares
1. ATIVOS DE ORIGEM VEGETAL
O emprego dos vegetais como alimento, medicamento e cosmético, remonta à própria origem do homem onde, guiado pelo próprio instinto e pela observação dos hábitos dos animais que o rodeava, aprendeu a conhecer as propriedades benéficas ou nocivas, dos vegetais que cresciam em seu habitat.
Atualmente, com a redescoberta pelo “fascínico da natureza”, inúmeras pesquisas foram feitas sobre a utilização das plantas como fitoterápicos e fitocosméticos. Modernos processos tecnológicos aliados a um criterioso controle de qualidade que vai desde a obtenção do vegetal até a extração de seus princípios ativos, seja na forma de extrato, óleo ou, mesmo, o princípio ativo isolado e purificado, fazem com haja uma credibilidade no que antes era apenas empírico. Botânicos, químicos, farmacêuticos, médicos e vários outros profissionais trabalham juntos no sentido de identificar corretamente as espécies vegetais, conhecer a natureza química dos princípios ativos e seus efeitos bioquímicos e determinar a resposta farmacológica para dosificação e prescrição. Assim, há uma otimização do efeito fitoterápico ou fitocosmético, “é a utilização da planta certa, na forma correta e na dosagem eficaz”.
A natureza nunca esteve em tamanha evidência. A palavra produto natural passou a ter uso quase que obrigatório nos rótulo de produtos alimentícios e cosméticos. No mundo cosmético, a natureza, ao contrário do que se pensa, nunca esteve totalmente esquecida pois, foi e continua sendo uma grande fonte de matérias-primas para a elaboração dos produtos destinados à cosmetologia.
É muito comum a seguinte pergunta: Existe cosmético integralmente natural ?
A resposta é: - Não.
Um cosmético não pode ser exclusivamente elaborado com substâncias de origem vegetal. É tecnicamente inviável a não utilização de conservantes, antioxidantes e sequestrantes de origem sintética pois isso acarretará um produto facilmente contaminado por microrganismos que poderão causar sérios danos ao usuário. Os conservantes de origem natural não são tão eficazes quanto os sintéticos. Por outro lado um produto cosmético é um excelente meio para o crescimento de bactérias e fungos.
Cosmético natural é aquele que dá preferência, sempre que possível, a ativos de origem vegetal visando suas propriedades benéficas com total inocuidade para o consumidor final.
A sofisticada indústria química que teve um impressionante desenvolvimento no início do século permitiu o conhecimento dos compostos orgânicos elaborados pela natureza e a purificação destes, aumentando em muito a sua potencialidade de uso nos cosméticos.
Os produtos de síntise vegetal podem ser divididos em:
- os provenientes do metabolismo primário: carboidratos (glicose, frutose, amido, celulose), lipídeos (óleos vegetais como fonte de ácidos graxos insaturados) e proteínas vegetais.
- os provenientes do metabolismo secundário, ou seja, moléculas de estrutura química mais complicadas, menos conhecidas e com ação farmacológica definida sobre o organismo animal. São, por isso, conhecidas como PAN (princípios ativos naturais): flavonóides, alcalóides, óleos essenciais, taninos, mucilagens, ácidos orgânicos, etc.
Os PAN não estão presentes em igual proporção na planta toda concentrando-se muitas vezes na casca ou nas folhas ou nas raízes.
Diversos fatores podem influenciar o teor de PAN: local de cultivo, estação do ano, hora do dia, forma de colheita, transporte, armazenamento, condições de extração(tipo de solvente, temperatura) , etc.
O tipo de solvente usado para obtenção do extrato deve ser também cosmeticamente aceitável, deve possuir elevado poder de solubilização e uma seletividade em função dos princípios ativos cuja extração é efetuda.
O extrato vegetal assim obtido é um fitocomplexo contendo um ativo principal associado a diversos outros ativos que agem sinergicamente.
1.1.CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ATIVOS NATURAIS (segundo o efeito que promovem no organismo animal)
- ADSTRINGENTES
- ANALGÉSICOS
- ANTIINFLAMATÓRIOS
- ANTI-SEBORRÉICOS
- ANTI-SÉPTICOS
- CICATRIZANTES
- DESCONGESTIONANTES
- DESINFECTANTES
- DETERGENTES
- ESTIMULANTES
- EMOLIENTES
- REBEFACIENTES
- TINTORIAIS
- TONIFICANTES
- UMECTANTES
ADSTRINGENTES
São os que agem sobre os póros e folículos pilo-sebáceos da pele, provocando a sua constrição, reduzindo o seu diâmetro e controlando, desta forma a sudorese e a secreção sebácea.
Princíos ativos: taninos, flavonóides e ácidos orgânicos.
Os taninos são os principais responsáveis pela atividade adstringente, pois possuem a propriedade de precipitar as proteínas da pele e das mucosas, transformando-as em substâncias insolúveis. Além da atividade adstringente (sensação que se tem ao morder uma banana verde), os taninos possuem também atividade antisséptica.
Na categoria de adstringentes encontramos: hamamelis, morango, maçã verde, romã, videira, sálvia, arnica, limão, etc.
A sálvia (folhas) além de adstringente é um excelente anti-seborréico e a arnica (flores), cicatrizante e descongestionante.
EMOLIENTES E UMECTANTES
Frequentemente as duas propriedades estão reunidas no mesmo vegetal, isto porque os princípios ativos responsáveis são glícides condensados na forma de gomas e mucilagens.
As gomas e mucilagens são substâncias macromoleculares que incham em contato com a água proporcionando um líquido viscoso que forma uma filme sobre a pele protegendo-a do meio ambiente.
Nesta categoria destacam-se: algas, pepino, alface, babosa, camomila, abacate, jojoba, trigo, amêndoa doce, malva, rosa mosqueta, etc.
A camomila se destaca por apresenta também propriedades descongestionantes e antiinflamatórias, devido ao seu conteúdo em azuleno.
TINTORIAIS
São os que contém pigmentos. Urucum, açafrão, henna, camomila, nogueira, amora, beterraba, cúrcuma, etc.
TÔNICOS ESTIMULANTES
São os que agem ativando a circulação periférica, estimulando o metabolismo cutâneo, com consequente tonificação local e eliminação de impurezas inter e intracelulares, agindo como anti-sépticos.
Princípios ativos: terpenóides, alcalóides, ácidos graxos, saponinas, etc.
Plantas: alecrim, hera, calêndula, jaborandi, urtiga, centelha asiática, quina, guaraná, confrei, canela, etc.
1.2. BIOTIVOS DE ORIGEM MARINHA:
A indústria química possibita processos de extração especiais visando a obtenção de extratos com qualidade uniforme, alta atividade cosmetológica e estáveis e compatíveis com as bases cosméticas normalmente utilizadas. Os extratos de algas marinhas, por exemplo, são atualmente muito mais corretamente obtidos que tempos atrás quando, por desconhecimento, não extraiam os componentes importantes existentes nas algas e acabavam por funcionar como mero artifício de marketing.
Atualmente, os extratos de algas são obtidos de forma seletiva, de maneira a concentrar os componentes com atividade biológica. São uma verdadeira alternativa aos ingredientes animais.
A água do mar é rica em vitaminas e sais minerais, as plantas e outras espécies marinhas são naturalmente ricas em oligo elementos, proteínas, frações lipídicas e outras substâncias que são excelentes para hidratar, suavizar e revitalizar a pele e os cabelos. Estas substâncias também contribuem para manter a firmeza, elasticidade e juventude da pele.
- POLIGALACTOSÍDEOS SULFATADOS: extrato obtido de forma seletiva de maneira a conseguir concentrações máximas de componentes com atividade biológica. Combina a atividade metabólica dos sais minerais, vitaminas e ácidos aminados contidos nas algas marinhas com os poligalactosídeos sulfatados formadores de gel que reagem de forma interiônica com a proteína queratina resultanto em: hidratação imediata perceptível após a aplicação (pele macia e aveludada), formação de película protetora diminuidora de irritação e vermelhidão (excelente pós-depilação, pós-barba e pós-sol), promoção do amaciamento gradual da pele fazendo com que as calosidades desapareçam.
ATIVOS DE ORIGEM MARINHA ALTERNATIVOS AOS ATIVOS ANIMAIS
- ELASTINA MARINHA: ativo anti-elastase e anti-protease que proporciona um aumento da síntise protéica e acelera a regeneração celular. Extraído de uma alga marinha verde chamada AOSA e composta de 77%, no mínimo, de uma estrutura de fibras peptídicas elásticas cuja composição é muito próxima à da elastina de origem animal.
- OLIGOS ELEMENTOS DE ALGAS VERMELHAS: para regeneração de cabelos frágeis extremamente finos e quebradiços
- ÁCIDO HIALURÔNICO MARINHO: hidratante profundo de ação prolongada
- GLICOSAMINOGLICANAS MARINHAS: restaurador e condicionador
- COLÁGENO MARINHO: possuindo propriedades idênticas ao tropocolágeno bovino, constitui-se no produto ideal para a sua substituição. Suas propriedades filmógenas conferem excelente hidratação e toque aveludado à pele
- FILTRO INFRA-RED MARINHO: alga biocerâmica coralífera
- ANTIOXIDANTE MARINHO: biomoléculas extraídas de uma alga que cresce a uma profundidade de 20 metros no arquipélago de Bréhat (entre a Grã-Bretanha e França). Bloqueia e efeito dos radicais livres sobre os lipídeos, proteínas (denaturação), carboidratos (hidrólise) e DNA (denaturação)
1.3. PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS
- ÁCIDO GLICIRRÍZICO (obtido por extração de raiz de alcaçuz): possui atividade anti-inflamatória e anti-irritante bastante eficaz
- Extrato secos de plantas contendo concentrações definidas do ativo desejado
- Princípios ativos isolados e purificados tais como, por exemplo, os triperpenos purificados de centelha asiática contendo porcentagens específicas de asiaticosideo, ácido madecássico e asiático
1.4. ALFA HIDROXI ÁCIDOS (ÁCIDOS VEGETAIS)
Os chamados alfa hidroxi ácidos (AHAs) são compostos que ocorrem naturalmente nas frutas
- ÁCIDO GLICÓLICO: proveniente da cana de açucar
- ÁCIDO CÍTRICO: proveniente de frutas cítricas
- ÁCIDO MÁLICO: encontrado na maçã
- ÁCIDO TARTÁRICO: presente na uva
Os AHAs têm a propriedade de diminuir a coesão entre os corneócitos (células cheias de queratina com função de impermeabilização e proteção) provocando a descamação da pele e, consequentemente, diminuindo a espessura do estrato córneo. Em outras palavra, os AHAs retiram as camadas mais externas da pele, aquelas que, por estarem mais expostas, já sofreram a ação do vento, sol, frio, poluição e outros agentes ambientais estando, por isso, mais ressecadas, opacas, sem vida. Com a retirada dessa camada de células, ficam expostas células mais jovens, mais hidratadas, menos judiadas pelo meio ambiente e, portanto, há um rejuvenescimento aparente com suavização de pequenas rugas e linhas de expressão, a pele se torna mais aveludada, macia e com aspecto saudável.
Além dos AHAs citados acima também podemos destacar os ácidos láctico (obtido da fermentação láctica de carboidratos tais como a glicose, sacarose e lactose, por microrganismos específicos) e pirúvico (obtido por destilação do ácido tartárico).
O ácido glicólico é o mais forte dos AHAs seguido pelo ácido láctico. No entanto, são os que possuem menor efeito umectante da pele. Baixas concentrações já se mostram eficientes. Altas concentrações só podem ser utilizadas clinicamente com acompanhamento total do dermatologista pois, há um efeito extremamente penetrante que deve ser rigidamente controlado. A nível cosmético, o mercado atua em torno de 1,5 %. A princípio, a descamação e a irritação são mais perceptíveis. Após algumas semanas, variável de pele para pele, há uma ligeira e gradativa redução da escamação e irritação.
A maior efetividade para renovação celular ocorre em pH 3,0. Porém, é nesta faixa de pH onde percebe-se o maior poder irritante sobre a pele.
A base que contém o AHA deve variar conforme o tipo de pele. Peles oleosas e acnéicas devem dar preferência a soluções hidro-álcool-glicólicas que irão solubilizar o excesso de oleosidade da pele que poderia dificultar o acesso dos AHAs junto aos corneócitos. A ação solvente do álcool e do glicol facilita a atividade do AHA. No entanto, o uso continuado não é aconselhado devido ao efeito desidratante do álcool.
Cremes e loções cremosas são ideais para peles secas, ressecadas e maduras.
A forma gel creme é a mais agradável, refrescante e hidratante podendo ser usada inclusive por peles secas.
ASSOCIAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES
- Devido às suas características de penetração, os AHAs aumentam a atividade de outros ativos.
- Os AHAs podem ser misturados entre sí melhorando tanto as propriedades de afinamento da camada córnea como as de umectação.
- Anti-irritantes podem ser adicionados (alantoína, ácido glicirrízico, aloe vera, etc.).
- Hidroquinona também pode ser adicionado como agente despigmentante no caso de manchas.
TENDÊNCIAS EM TERMOS DE AHAs
- Associação de vários AHAs em baixas concentrações visando hidratação prolongada
- Utilização de AHAs em produtos capilares para cabelos oleosos visando desobstruir os folículos pilosos, melhorar a oxigenação e facilitar a penetração de outros ativos
- Evidenciação de que os AHAs provém de frutas (ORIGEM NATURAL) como apelo de marketing, já que a maioria dos ácidos são encontrados em frutas.
ALFA HIDROXI ÁCIDOS DE NOVA GERAÇÃO (NÃO IRRITANTES)
- Proteínas vegetais (soja e aveia) acopladas com ácido málico e ácido glicólico: mantém as propriedades dos ácidos tradicionais eliminando seu poder de irritação e ardência. O pH pode ser acertado para 5,5 mantendo o mesmo poder esfoliante que teria a pH 3,0 sendo, portanto, um fato inédito e muito desejado
1.5. BASES EMULSIONANTES VEGETAIS MULTIFUNCIONAIS
- Proteínas vegetais (amêndoas, trigo, algas) acopladas com ácidos graxos: excelentes agentes emulsionantes formadores de cremes com muita boa aparência e estabilidade e com atividades protetoras da pele (anti-oxidante, hidratante, filmógena, emoliente)
1.6. CEREBROSÍSEOS (CERAMIDAS DE ORIGEM VEGETAL)
As ceramidas vegetais, também chamadas de cerebrosídeos vegetais, são originárias de extração do grão de soja e sementes de girassol.
1.7. MANTEIGA DE KARITÉ (SHEA BUTTER)
Gordura natural obtida pela pressão direta de castanhas (Shea Nuts) e refinada sem o uso de solventes. Excelente emoliente para prevenir e recuperar as peles secas, conservando a água dos tecidos. Usada como fonte natural de vitamina E com efeito anti-aging e hidratante. Em produtos solares, devido a sua forte absorção UVB e ações anti-irritantes, tem aplicação especial.
2. ATIVOS DE ORIGEM ANIMAL (ATIVOS BIOLÓGICOS)
2.1. COLÁGENO
O colágeno é uma proteína em forma de fibra com função estrutural. Por ser extremamente resistente a forças mecânicas, pode ser encontrada onde é necessário resistência, sustentação ou união firme tal como nos tendões, cartilagens, ossos e pele. Com o transcorrer da idade as fibras de colágeno vão perdendo a elasticidade, tornando-se mais rígidas e rompendo-se facilmente. Formam-se, assim, as rugas. A chamada ruga de expressão, que aparece precocemente em algumas pessoas, ocorre devido a um rompimento do colágeno naquele local, sendo muito comum em pessoas de pele mais fina, pele seca, que tomam muito sol ou que fazem muita micagem ao falar. Com o envelhecimento, o colágeno também perde a capacidade de reter água e a pele, consequentemente, vai tornando-se desitratada. Por isso, é muito importante o uso de agentes hidratantes para compensar a perda da hidratação natural da pele.
A utilização cosmética de colágeno solúvel como ativo provém da suposição de que poderia induzir a elaboração de novas fibras colágenas solúveis na derme, resultando em maior turgecência da pele devido à propriedade de reter água deste tipo de colágeno. No entanto, após muitas pesquisas constatou-se que sua ação é apenas superficial onde, por afinidade com as proteínas (queratina) da pele fica aderida e passa e exercer sua ação hidratante por retenção de água. Forma-se, assim, um filme aquoso sobre as camadas mais externas da epiderme o que impede que haja uma perda de água transepidermal das camadas mais profundas resultando na turgecência tão desejada.
Os extratos de colágeno para fins cosméticos são obtidos a partir de pele de animais jovens, geralmente, bovinos.
2.2. ELASTINA
A elastina também é uma proteína em forma de fibra, porém, é mais delicada. Apesar de estar presente numa quantidade muito menor que o colágeno (1:70), é responsável pela elasticidade da pele. Assim como o colágeno é o suporte da hidratação da pele, a elastina é o suporte da elasticidade. Porém, a elasticidade da pele depende muito mais do estado da quantidade de água retida pelo colágeno dérmico do que de seu conteúdo de elastina. Com o envelhecimento, ocorre uma degeneração das fibras elásticas, conhecida como flacidez, por isso é muito importante manter a pele bastante hidratada para retardar ao máximo a chegada do envelhecimento.
Como ativo cósmético, tal como o colágeno, a elastina possui propriedades de substantividade e retenção de água melhorando a flexibilidade e, consequentemente, a elasticidade. Os extratos de elastina são obtidos também de pele de bovinos.
2.3. PLACENTA
A placenta é um órgão que regula todas as trocas entre o organismo materno e o feto, desenvolvendo-se totalmente nos primeiros 3 meses de gravidez. É um tecido rico em hormônios, vitaminas, enzimas, aminoácidos, íons e outros ativos. Por isso, durante muito tempo foi utilizado em produtos cosméticos devido às suas propriedades ativadoras, oxigenantes e estimulantes como ativo nutritivo.
Pelo seu alto conteúdo de hormônios é cobiçada para fins cosméticos e tratamentos médicos. No tratamento de queimaduras, sua ação na pele é a de fechar a região e evitar a perda de líquido, além de desinflamar e ajudar na cicatrização, evitando parcialmente a infecção.
A preparação dos extratos placentários é feita a partir de placentas animais e humanas.
2.4. CEREBROSÍDEOS E CERAMIDAS
A barreira de permeabilidade da pele, a qual evita a perda transepidérmica de água e a penetração de agentes danosos do meio ambiente, está localizada no estrato córneo da epiderme. O estrato córneo é composto de queratinócitos diferenciados (corneócitos - células mortas cheias de queratina) e lipídeos, principalmente localizados nos espaços intercelulares em estruturas em bicamadas. Estas camadas múltiplas promovem a função de barreira e se constituem predominantemente de ceramidas, colesterol e ácidos graxos.
As ceramidas constituem cerca de 46 a 65% do total de lipídeos do estrato córneo, englobando 6 classes heterogêneas de compostos. As ceramidas naturais da pele possuem uma configuração estereoquímica específica, sendo compostos opticamente ativos de dificil reprodução e síntise.
Os cerebrosídeos, juntamente com ceramidas fazem parte de uma grande gama de lipídeos de membranas. Os cerebrosíseos são lipídeos com duas caudas não-polares e uma cabeça polar neutra constituída por uma ou mais unidades de açúcar. Por isso, são também chamados de “glicoesfingolipídeos” ou, simplesmente, glicolipídeos. Enfim, os cerebrosídeos são, na realidade, uma ceramida ligada a um açúcar, em geral, glicose ou galactose.
Os cerebrosídeos e as ceramidas ocorrem principalmente na camada externa das membranas celulares. Ambas possuem capacidade de retenção de água. No entanto, estudos constataram que as propriedades de retenção de água na camada córnea dependem predominantemente da presença e da quantidade de ceramidas.
Atualmente, com o desenvolvimento da biotecnologia tornou-se possível a utilização de ceramida como ativo hidratante.
2.5. GLICOSAMINOGLICANAS (ÁCIDO HIALURÔNICO)
Glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos ácidos são moléculas de açúcares ligados a proteínas. São encontradas no cimento intercelular (substância gelatinosa que preenche os espaços entre as células da maioria dos tecidos, incluindo cartilagens, tendões e pele).
O ácido hialurônico é uma glicosaminoglicana de alto peso molecular responsável pela retenção de água no cimento intercelular funcionando como uma verdadeira esponja molecular que forma um filme delgado, transparente, não-gorduroso e que só é perceptível por sua ação lubrificante, alisante e suavizante.
É obtido a partir de cristas de galo onde o hormônio testosterona promove a sua formação. Outra fonte pode ser o cordão umbilical humano.
3. ATIVOS BIOTECNOLÓGICOS
A BIOTECNOLOGIA é uma área da pesquisa que se ocupa da transformação ou tratamento de materiais de origem biológica. É a MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL que trata do aproveitamento dos microrganismos como agentes de degradação e síntise. É o cultivo de células animais ou vegetais com a função específica de produção de um determinado produto. Exemplos: produção de álcool nas destilarias, antibióticos e vitaminas na indústria farmacêutica, queijos e iogurtes na indústria alimentícia, etc.
Atualmente, a biotecnologia têm sido muito aplicada a cosméticos pois garante ótima performance e máxima segurança.
VANTAGENS ADICIONAIS: alta pureza (acima de 95%), qualidade constante (padronizadas e controladas), constante disponibilidade e economia (alta produção, baixo custo).
3.1. ÁCIDO HIALURÔNICO BIOTECNOLÓGICO
O ácido hialurônico biotecnológico, obtido por fermentaçao a partir de bactérias selecionadas idêntico ao do organismo animal, mantém suas características altamente hidrofílicas. Quando aplicado sobre a pele forma uma película viscoelástica não-oleosa, com capacidade de retenção de água similar ao processo que ocorre na matriz dérmica, conferindo turgor, elasticidade e maciez .
3.2. CERAMIDAS BIOTECNOLÓGICAS
As ceramidas de origem animal hoje são proíbidas na Europa. As ceramidas de origem biotecnológicas são obtidas por fermentação de leveduras. Dessa maneira, obtém-se ceramidas idênticas às da pele humana, mantendo-se a configuração estrutural correta, alta pureza, segurança e qualidade constante. Sua aplicação tópica resulta em aumento significante da hidratação e redução da aspereza da pele após curto período de tratamento. Sua potente capacidade de retenção hídrica comprovada indica que as ceramidas são integradas ao cimento intercelular contribuindo com a função de barreira.
As ceramidas são o principal lipídeo de barreira da epiderme e, como constituintes do extrato córneo, são responsáveis pela manutenção da hidratação da pele. Possuem uma grande capacidade de restauração da pele danificada por agentes químicos, peeling e condições climáticas, normalizando a hidratação, suavidade e perda transepidérmica de água.
Benefícios: incremento das funções de barreira do extrato córneo; aumento da capacidade de retenção de água (hidratação potente); restauração de pele danificada por peelins, agentes químicos, etc; proteção contra agressões externas; confere suavidade e maciez auxiliando no rejuvenescimento.
No cabelo: as ceramidas são o principal lipídeo da cutícula capilar, atuando como um cimento entre esta e o córtex, oferecendo ao fio resistência às agressões externas, incluindo as lavagens frequentes.
Benefícios: incremento do complexo da membrana celular; aumento do brilho, elasticidade e resistência dos fios; restauração dos cabelos danificados pelas condições climáticas, tratamentos químicos, uso contínuo de secador, etc; confere condicionamento e suavidade aos fios e nutrição da raiz.
4. ATIVOS ENCAPSULADOS E VETORIZADOS
4.1. SILÍCIOS ORGÂNICOS
Com o advento da tecnologia, há um interesse cada vez maior em se produzir cosméticos que além de melhorarem o aspecto, a textura e o toque da pele e dos cabelos atuem biologicamente.
Entre os bioativos que se destacaram nos últimos anos, estão os silícios orgânicos, também conhecidos como silanóis, os quais são compostos de moléculas orgânicas reagidas com silício. Estes novos compostos têm as atividades das moléculas orgânicas originais ampliadas e diversificadas. Assim obtemos produtos com uma bioatividade efetiva para combater e/ou prevenir os sinais do envelhecimento.
O silício é um elemento fundamental para o desenvolvimento de todo o ser humano, além de fazer parte de estrutura da elastina, do colágeno, dos proteoglicanos e das glicoproteínas, os quais formam as estruturas de sustentação do tecido cutâneo. Ele não atua como um cofator enzimático, mas é indispensável para o desenvolvimento normal dos seres vivos. No ser humano ele se encontra na forma de alquilsilanol e metilsilanol na relação de 80:20. A capacidade do organismo de assimiliação dos silícios diminui progressivamente com a idade e este fenomeno está ligado ao aparecimento de sinais de senilidade. A diminuição de silício conduz a uma desestruturação do tecio conjuntivo pois, o teor de silício nas moléculas que constiuem o colágeno, elastina e outras fibras é abundante, em torno de 500 mg de Si por 1000 gramas de tecido seco. A sua reposição no tecido dérmico é efetuada através da aplicação de silícios orgânicos, pois testes comprovam que nesta forma ele é biologicamente ativo.
Os silanóis proporcionam normalizição da bioatividade, desacelerando significativamente o processo de envelhecimento, o efeito dos radicais livres, melhorando a hidratação e a regeneração celular.
De acordo com o composto agregado à molécula de silanol, obtém-se os diferenciados benefícios, tais como, propriedades anti-inflamatória e anti-edema, regulação metabólica, reestruturação dos tecidos conjuntivos dérmicos. Por atuarem em diferentes frentes, estes materiais podem ser incorporados nos mais diversos produtos, tanto para cuidado da pele quanto dos cabelos. Recomenda-se a utilização dos silícios orgânicos em cremes anti-aging, firmadores, hidratantes biológicos, fluídos revitalizantes, loções tônicas, cremes e géis descongestionantes para área dos olhos ( efeito Lifting ), tratamentos anti-celulite e adelgaçantes, emulsões ativadoras de bronzeado, fotoprotetores, bem como, shampoos, condicionadores e máscaras capilares.
Exemplos:
-SILANÓIS ESPECÍFICOS ANTI-CELULITE: com ação lipolítica, estimulante da microcirculação, normalizador das trocas celulares e anti-inflamatório. Neste caso ao silício orgânico estão ligadas moléculas com estas atividades específica: cafeína, teofilina, etc.
- HIALURONATO DE METILSILANOL, silício orgânico combinado com ácido hialurônico. O Ácido hialurônico é encontrado tanto na derme como na epiderme e sua diminuição é uma das principais causas do ressecamento da pele durante o envelhecimento. A reposição do Ácido hialurônico na superfície da pele forma um filme que mantém a umidade natural, ajudando a conservar a maciez, elasticidade e tonicidade.
4.2. LIPOSSOMAS E NANOSFERAS
- NANOSFERAS
As nanosferas são estruturas poliméricas inertes capazes de armazenar em seu interior ou fixar na superfície, ativos de natureza diversa, liberando-os de modo gradativo e colocando-os à disposição do tecido cutâneo, proporcionando ação prolongada e duradoura.
- LIPOSSOMAS
As primeiras preparações com lipossomas foram sugeridas nos anos 50 como modelo para a permeabilidade da membrana celular. Desde então, inúmeras outras aplicações foram realizadas particularmente no campo farmacêutico e da medicina. Na cosmetologia os lipossomas têm sido utilizados como vetores e veículos de pricípios ativos afim de se conseguir uma melhor eficiência e segurança.
Os lipossomas são vesículas muito pequenas delimitada por uma membrana constituída por uma bicamada molecular de glicerofosfolipídeos. Os lipídeos da membrana lipossomal desempenham um papel importante na reconstituição do filme hidrolipídico da superfície cutânea, melhorando a fluidez da membrana dos corneócitos e assegurando a integridade do estrato córneo.
O maior interesse nos lipossomas é que estes alcançam as camadas mais profundas da epiderme onde libera seu conteúdo diretamente na camada basal, onde se funde com a membrana celular.
- CÁPSULAS DE COLÁGENO MARINHO: esferas coloridas visíveis contendo vitaminas e outros ativos
- NANO CÁPSULAS: cápsulas constitída de uma ou duas membranas contendo extratos vegetais especiais ricos em ativos. Seu tamanho varia entre 150-200 nm, enquanto que os lipossomas multilamelares apresentam 250-300 nm. Isto implica em maior eficácia do produto de penetração a nível subcutâneo. As nano cápsulas estão sendo utilizada como ativos anti-celulíticos pois atingem as células lipídicas da hipoderme.
5. VITAMINAS QUE TRATAM A PELE
Constituem um grupo de ativos extremamente importante para os produtos de tratamento do rosto, em funções de suas propriedades exibidas.
- Vitamina A: reguladora da queratinização
- Pró vitamina B5: umectante e amaciante da pele
- Vitamina B6: Regula a secreção sebácea excessiva
- Vitamina C: antioxidante e estimulador da produção de colágeno
- Vitamina E: atualmente em grande evidência internacional, utilizada na concentração de 5%. Excelente agente anti-radical livre.
- Vitamina F (ácidos graxos essenciais): regenerador celular
- VITAMINA A
A vitamina A é encontrada no fígado dos animais e nos vegetais é encontrada da forma de pró-vitamina. Também pode ser obtida sintéticamente. Atua como um potente anti-oxidante e neutralizante de radicais livres, favorece a regeneração celular cutânea e o processo de queratinização normal da pele.
O ácido retinóico, um derivado da vitamina A, aplicado topicamente, atua principalmente aumentando a atividade enzimática e o metabolismo das células cutâneas, funções que se encontram diminuídas na pele envelhecida.
Existem dois isômeros (derivados) do ácido retinóico: trans (tretonoína) e cis (isotretinoína). A tretinoína vem sendo usada na recuperação de peles envelhecidas. A isotretinoína, além do uso tópico, vem sendo usada via sistêmica no tratamento de acne. Sua ação reduz a produção de sebo, diminuindo o tamanho das glândulas sebáceas, alterando a morfologia e a capacidade secretora das células.
Em produtos cosméticos usa-se ésteres (função álcool) de vitamina A, que tanto podem ser palmitato ou acetato. Como o palmitato é mais estável do que o acetato, tem sido mais empregado em formulações cosméticas.
A vitamina A é extremamente fotossensível, podendo provocar sérias manchas. É preciso máxima proteção solar.
- VITAMINA C
O ácido ascórbico hidrossolúvel e seus derivados lipossolúveis, o palmitato de ascorbila constituem dois anti-oxidantes potentes que evitam os processos peroxidativos da metabolização das gorduras a a formação dos radicais livres. Retarda os danos causados pela radiação UVA e também consegue reduzir o eritema causado pelos raios UVB.
Uma de suas grandes virtures, na área da cosmética é ser um co-fator essencial na formação e função do colágeno. Já existem provas suficientes de seus efeitos benéficos na recuperação da pele envelhecida e também na manutenção de uma pele jovem e saudável.
Possui atividade clareadora, pois inibe o processo de malanogênese.
- VITAMINA E
A vitamina E é usada de duas formas na cosmetologia: esterificada e não-esterificada. A forma presente na natureza (óleo de germe de trigo e outros óleos vegetais) e mais ativa é a forma não-esterificada (conhecida como tocoferol). Esta substância é bastante instável, ou seja, oxida-se e escurece quanto exposta à luz e ao ar. Por esta razão, costuma-se fazer uma reação química do tocoferol com o ácido acético, a fim de formar o éster acetato de tocoferol, que apresenta maior estabilidade em formulações cosméticas.
Embora existam 4 tipos de tocoferóis, o mais abundante na natureza e o mais ativo é o alfa-tocoferol e o produto sintético mais empregado em formulações cosméticas é o acetato de alfa-tocoferol.
A vitamina E atua como anti-oxidante protegendo e regenerando as camadas da pele. Sua principal ação está na capacidade de impedir a oxidação dos lipídeos insaturados presentes na pele, retardando, assim, o processo de envelhecimento. Vale destacar o efeito umectante, a ação benéfica em lesões provocadas pela radiação ultravioleta, a ação protetora contra a fotossensibilidade, a redução da lipoperoxidase, ação anti-inflamatória e hipoalergênica. Propicia a regeneração cutânea, previne a formação de rugas e manchas senis, mantendo a pele esticada e elástica.
Importante: a associação de vitamina E e C é bastante eficiente. A raciação UV deixa como sequelas a formação de radicais livres. Para neutralizá-los, a vitamina E toma a forma de radical livre, regenerando-se, em seguida, pela vitamina C. Assim, mantem-se o efeito benéfico da vitamina E por muito mais tempo.
6. ATIVOS ESPECÍFICOS
Blend de ativos que agem sinergicamente visando alcançar o efeito desejado. Assim, o mercado oferece complexos vegetais, vitamínicos, associaões de proteínas com extratos, etc.
Exemplos:
- Complexo antiadiposidade: extrato de bile, extrato de Hedera helix e um éster de ácido tartárico e polioxietilenoglicol.
- Complexo anti-radical livre natural: óleo de germe de trigo, óleo de rosmarinus, acetato de vitamina E e vitamina F (ativo usado no Nutritivo Florrimon)
- Complexo anti-idade de lipossomas de vitaminas E e C. Associando os efeitos benéficos e sinérgicos das vitaminas. (ativo usado no Nutrititivo Florrimon)
- Complexo suavizante de rugas e estimulador de formação de elastina, colágeno e ácido hialurônico: Acetato de farnesila e outros ésteres de farnesol.
(ativo usado no Nutritivo Florrimon)
- ATIVOS TRADICIONAIS COM NOVA TECNOLOGIA, MAIOR EFICIÊNCIA E MAIOR INOCUIDADE
- ARBUTIN: glicosídeo de hidroquinona natural encontrado em vegetais como pêssego, pera, outras plantas japonesas e principalmente nas folhas de uva ursi (Arctostaphilos uva ursi). Potente agente despigmentante com reduzida irritabilidade.
- IODOTRAT: iodo amínico totalmente estável e não-tóxico pois não origina iodo livre, ou seja, não exerce acão hormonal e sistêmica. Atua diretamente sobre o tecido adiposo onde estimula o metabolismo da gordura estagnada ao ativar enzimas lipolíticas diminuindo, assim, o sufocamento tecidual, aumentando o fluxo nutricional e desintoxicando o organismo.
7. TENDÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI
O MUNDO APONTA PARA O NATURAL - É a utilização de ativos de origem natural. Produtos de eficácia comprovada, inocuidade toxicológica e ecologicamente corretos.
É o conceito de “beleza sem crueldade”
A evolução da biotecnologia possibilita alternativas aos produtos animais
O desenvolvimento da indústria cosmética tem evoluído a partir da utilização de novos equipamentos, novas tecnologias, testes mais eficazes e sistemas de avaliação que permitem uma melhor compreenção e conhecimento dos mecanismos de ação dos componentes utilizados na indústria cosmética
Pesquisas, e mais pesquisas, buscam, não o descobrimento de novos ativos. Na verdade o que se está pesquisando hoje em dia é compreender melhor como agem os ativos atuais e qual o seus mecanismo de ação. Conhecendo melhor os mecanismos de ação, torna-se mais fácil a elaboração de produtos cosméticos multifuncionais. Um único cosmético pode atuar de modo a corrigir diferentes problemas do organismo, tais como, hidratação, proteção e regeneração.
Os mecanismos de ação que mais se destacaram na cosmetologia são os que promovem reparação contra danos e oferecem uma proteção contra agentes externos (vento, sol, poluição, cloro, frio, etc).
O consumidor busca, hoje, cosméticos que promovem efeito visual e sensorial, de fácil percepção. Cosméticos altamente versáteis e multifuncionais. Seguindo este conceito de reparação imediata, destacam-se uma série de ativos, entre eles: silicones modificados, polímeros, derivados de metil glicosídeos, proteínas quaternizadas, ésteres etc.
Seguindo o conceito de prevenção, aliado ao conhecimento dos males que a radiação solar pode causar, os cosméticos passam a conter agentes auxiliares na proteção solar, fatores anti-radicais livres, hidratantes e regeneradores celulares. Os bloqueadores passam a ter muita importância e torna-se praticamente inconcebível a idéia de um hidratante sem proteção solar. O EUA e a Europa utilizam gastam milhões em publicidade para valorizar a pele como ela é. Nos países tropicais, como o Brasil, prega-se a idéia de uma exposição moderada ao sol, apenas como fonte natural de bem estar físico e emocional.